terça-feira, 16 de agosto de 2011

MÉTODO IRLEN: Esperança para quem tem dificuldades em leitura, compreensão e comportamento

Há muito tempo nós não participávamos de uma palestra com um conteúdo tão importante e significante para o nosso crescimento profissional . Posso afirmar que a tarde vivenciada por mim e pela professora Mirian, foi realmente esclarecedora e nos ajudou a compreender alguns problemas relacionados com a leitura e com a escrita.
A palestra foi ministrada pela Professora Lucília Panisset, e de forma simples e específica nos fez compreender o que seria a SÍNDROME DA SENSIBILIDADE ESCOTÓPICA OU SÍNDROME  DE IRLEN.

Estima-se que cerca de 85% de tudo o que aprendemos ou assimilamos do ambiente, bem como o desenvolvimento normal sensorial e motor, dependem de nossas habilidades visuais nos primeiros seis meses de vida (ATKINSON, 2000 e SHOR, 1989).
São vários os transtornos, síndromes e déficits que dificultam a aprendizagem, dentre os quais estão os distúrbios de aprendizagem relacionados à visão, que correspondem a uma dificuldade na manutenção da atenção, compreensão e memorização e à atividade ocular durante a leitura, levando a um déficit de aprendizado. Tais distúrbios afetam indivíduos de todas as idades, com inteligência normal ou superior à média e está relacionada a uma desorganização no processamento cerebral das informações recebidas pelo sistema visual. O esforço despendido nesse processamento, torna a leitura mais lenta e segmentada, o que compromete a velocidade de cognição e a memorização.
Um desses distúrbios de aprendizagem relacionados à visão é a Síndrome de Irlen (SI), que se caracteriza por dificuldades de processamento cerebral das informações visuais, causadas pela sensibilidade a determinados comprimentos de ondas de luz espectral visível ao olho humano (IRLEN, 1991). Tal disfunção perceptual apresenta seis manifestações principais: fotossensibilidade (sensibilidade aumentada a luz), desfocamento à leitura com distorções visuais, restrição do campo visual periférico, dor de cabeça, dificuldade de adaptação a contrastes e na manutenção da atenção. Alguns sintomas físicos recorrentes são: lacrimejamento, coceira e ardência ocular, esfregar os olhos constantemente, tampar/fazer sombra nos olhos enquanto lê, apertar e piscar os olhos excessivamente, balançar ou tombar a cabeça, cansaço após 10 a 15 minutos de leitura e leitura na penumbra.(GUIMARÃES, 2009)
A Síndrome de Irlen pode afetar além da leitura, outras áreas variadas da vida do indivíduo. A sensibilidade à luz pode causar desde simples incômodos em determinados ambientes ou circunstâncias, até prejuízos em habilidades, tais como: prática de esporte com bola, coordenação motora fina e grossa, habilidades musicais, coordenação espaço temporal, dentre outras (IRLEN, 1991).
Um indivíduo mesmo que com a acuidade visual dentro dos padrões de normalidade (ou seja, enxergando bem) tem chances de ser portador da síndrome, já que se trata de uma disfunção da percepção e não uma patologia ligada diretamente aos olhos. Ela está relacionada a déficits na codificação e decodificação das informações visuais pelo sistema nervoso central (AMEN, 2004). É necessário um diagnóstico diferencial por profissionais especializados, uma vez que não pode ser detectada através de exames oftalmológicos de rotina, nem por testes padronizados para verificação de dificuldades de aprendizagem (IRLEN, 1991).
A Síndrome de Irlen se manifesta da seguinte forma:
grafico
 A população afetada pela Síndrome de Irlen se resume em 12-14% da população geral, superdotados e bons leitores; 46% de indivíduos com déficits específicos de aprendizagem e leitura; 33% dos casos de TDA e TDAH, Dislexia e comportamentais e 55% dos indivíduos com traumatismos cranianos, concussões, lesão contragolpe, etc (GUIMARÃES, 2009).
O protocolo de diagnóstico da Síndrome de Irlen é realizado através de uma abordagem multidisciplinar, com contribuição de diversas áreas, como: oftalmologia, psicologia, psicopedagogia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Tal protocolo envolve entrega de questionários caracterização e habilidades acadêmicas, anamnese, exames oftamológicos específicos, screening (avaliação para constatação de distorções visuais no processo de leitura pela metodologia Irlen) e diagnóstico do padrão de leitura avisando intervenções psicopedagógicas, oftalmológicas, neurológicas, etc.
O Método Irlen de tratamento oferece aos portadores da Síndrome de Irlen diminuição da sintomatologia ou em alguns casos sua eliminação completa. É válido ressaltar que não se trata de intervenção medicamentosa, nem invasiva, mas sim propõe dois tipos abordagem (IRLEN, 1991):
1. Uso de overlays – lâminas de sobreposição. Objetivos: proporcionar conforto, nitidez, estabilidade e fluência durante a leitura. Tratamento proposto pelo atual projeto.
2. Filtros de bloqueio espectral (em óculos ou lentes de contato) – prescrição exclusiva de oftalmologista.
Hoje o método Irlen de tratamento vem sendo utilizado em quarenta e dois países e em mais de quatro mil instituições de ensino. Nos Estados Unidos uma resolução adotada em Julho de 2009, durante a Assembléia Geral de NEA – National Education Association, que agrega aproximadamente 3 milhões de trabalhadores na área da educação foi aprovada a proposta de que todos os seus membros sejam informados sobra a Síndrome de Irlen e seu tratamento. Outros locais aonde os testes já vem sendo aplicados como de rotina são: Austrália e Reino Unido (GUIMARÃES, 2009).
No Brasil, a Síndrome de Irlen é conhecida há apenas quatro anos através de cursos oferecidos pela Fundação do Hospital de Olhos de Minas Gerais, em módulos teórico-práticos sobre a metodologia de diagnóstico e tratamento. A rede de profissionais capacitados é composta por cerca de 530 profissionais de diversas áreas da saúde e educação. Esses indivíduos capacitados são conhecidos como screeners em 16 estados brasileiros.
Fonte: http://bluelogs.net/drexplica/artigos/visao-aprendizagem-e-a-sindrome-de-irlen/

domingo, 14 de agosto de 2011

DIA DOS PAIS

"PAI"

Pai tantas coisa eu queria te dizer,
Cresci ao teu lado, e o tempo passou,
e não sobrou tempo e até coragem
para dizer o quanto você é importante,
na minha vida, no meu dia a dia...
Pai, os momentos mais difíceis de
minha vida, você estava lado meu lado.
Nos momentos de alegria,
estava você lá do meu lado.
E hoje nesse seu dia,
entre todos outros dias,
gostaria muito de estar do teu lado...
Palavras não terei para expressar
o quanto amo você, para dizer-te o
quanto és importante
em minha vida inteira..
Continue sempre assim,
pois se você na altura
do campeonato resolver mudar,
certamente não vai dar certo,
pois gosto de você como você É.
Feliz Dia dos País

sábado, 13 de agosto de 2011

Construção do repertório de cálculos memorizados

  No âmbito escolar, a educação da matemática é vista como uma linguagem capaz de traduzir a realidade e estabelecer suas diferenças. Na escola a criança deve envolver-se com atividades matemáticas que a educam nas quais ao manipulá-las ela construa a aprendizagem de forma significativa, pois o conhecimento matemático se manifesta como uma estratégia para a realização das intermediações criadas pelo homem, entre sociedade e natureza.

Objetivo
Construir e/ou ampliar o repertório de cálculos memorizados.
Conteúdos
Adição e subtração.
Anos
2º e 3º.
Tempo estimado
Podem realizadas durante todo o ano, assegurando-se a variação do grau de dificuldade, a fim de propiciar que o repertório seja ampliado permanentemente. 


Atividade 1: JOGO DE BATALHA
Materiais necessários: cartas de baralho convencional ou confeccionadas em cartolina.
Encaminhamentos: organize os alunos em duplas e entregue a cada dupla um baralho convencional (ou cartas confeccionadas em cartolina). As faces devem ficar voltadas para baixo, separadas em dois montes. Um aluno por vez retira a primeira carta de cada monte, faz a soma e argumenta acerca do resultado com o amigo. Se acertar a soma fica com as cartas. Ganha o jogo quem terminar com mais cartas.
Atividade 2: TABULEIRO CHEIO
Materiais necessários: dois dados por dupla (podem ser dados convencionais com a numeração de 1 a 6, ou adaptados com numeração maior) e um tabuleiro por aluno.
Encaminhamentos: organize os alunos em duplas. Um aluno por vez joga os dados, faz a soma, conversa com o amigo sobre o resultado, a fim de verificar se está correto. Depois, preenche, em seu tabuleiro, a quantidade de "casas" igual ao resultado da soma. Vence quem completar o tabuleiro primeiro.
Exemplo: 
cálculos memorizados

Atividade 3: FICHAS DE ADIÇÃO OU SUBTRAÇÃO
Materiais necessários: fichas com somas (várias, para que possam ser distribuídas por duplas de alunos).
cálculos memorizados

cálculos memorizados

Encaminhamentos: organize os alunos em duplas e entregue a cada dupla várias fichas (pode ser uma aula para os cálculos de adição e outra para os cálculos de subtração, além de poder misturar os dois). Essas fichas devem ficar sobre a mesa com as faces voltadas para baixo. Um aluno por vez pega uma das cartas e faz a soma. O aluno deve explicar como pensou para resolver e o amigo da dupla deverá "concordar" com o resultado. Caso haja discordância, eles deverão argumentar até entrarem em um acordo. Em seguida, anotam as somas no caderno.
Atividade 4: ROLETAS DA ADIÇÃO
Materiais necessários: duas roletas (confeccionadas em cartolina) contendo os números de 0 até 10. Essas roletas deverão ser fixadas na parte baixa da lousa (onde se coloca o giz), apenas por um percevejo, para que seja possível "girá-las". Duas setas colocadas na lousa (podem ser desenhadas também). 
cálculos memorizados

Encaminhamentos: chame um aluno de cada vez para girar as roletas e fazer a soma dos números que pararem nas setas. O aluno deverá fazer a soma e explicar aos colegas como chegou ao resultado.
Atividade 5: ROLETA DA SUBTRAÇÃO
Materiais necessários: uma roleta (confeccionada em cartolina) contendo os números de 0 até 10. Fixar a roleta de maneira que seja possível "girá-la". Escreva na lousa o número 10 e o sinal de menos para que os alunos efetuem os cálculos. 
cálculos memorizados

Encaminhamentos: depois de escrever o número 10 seguido do sinal de menos e de fixar a roleta na lousa com uma seta apontando para ela, chame um aluno de cada vez para girar a roleta e fazer a subtração indicada pela seta. Exemplo: 10 - 7
O aluno deverá fazer a subtração e explicitar qual foi sua estratégia para a resolução.
Atividade 6: ROLETAS DA ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
Materiais necessários: duas roletas (confeccionadas em cartolina). Uma delas contendo apenas múltiplos de 10 (as dezenas inteiras) e outra contendo os números de 0 até 10. Fixar as roletas de maneira que seja possível "girá-las".
cálculos memorizados

Encaminhamentos: chame um aluno de cada vez para girar as roletas e fazer a soma dos números que pararem nas setas.  Exemplo: 80 + 8. O aluno deverá fazer a soma e explicar aos colegas como chegou ao resultado.
Atividade 7: DITADO DO MAIS 1 OU MENOS 1
Materiais necessários: folha para registro ou caderno.
Regra: ouvir o número ditado pela professora, sempre acrescentar 1 ao número ditado e registrar o resultado do cálculo (ou sempre subtrair 1)
Encaminhamentos: defina se o ditado será de adição ou subtração e dite um número de cada vez. Espere que os alunos registrem os cálculos e, em seguida, converse com o grupo se é fácil ou difícil resolver esses cálculos e o porquê.
cálculos memorizados

Elaboração de cartaz
Para auxiliar os alunos a tomarem consciência da ampliação do repertório que estão construindo, elabore um cartaz que revele os cálculos que já sabem. É interessante nomear os cálculos como "fáceis e difíceis" e pedir que justifiquem o porquê de tal categorização. Com o decorrer das aulas e a esperada ampliação de repertório, é possível "mudar de lugar" os cálculos, passando-os de ‘difíceis’ para ‘fáceis’.
Discussão e reflexão nas aulas
É indispensável que haja um trabalho de reflexão coletiva, considerando esses cálculos como objeto de estudo. O objetivo é permitir que os alunos validem seus próprios recursos e incorporem estratégias de outros alunos. Dessa maneira, esse repertório de cálculos memorizados se constituirá como apoio para a resolução de cálculos mais complexos. Ele permitirá, também, que sejam feitas análises entre as relações e propriedades tanto do sistema de numeração quanto das operações envolvidas em cada tipo de cálculo (ainda que essas não sejam formuladas como tais nas séries iniciais).

terça-feira, 9 de agosto de 2011

CONSTRUÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA

"A prática da leitura é um processo que transcende a uma decodificação do código escrito da língua."
Marcante esta frase, pois ela realmente marcou a nossa reunião de pais do Jardim III. Esta frase nos faz refletir sobre as estatísticas referentes ao índice de analfabetos funcionais no Brasil.
E o que seria analfabetos funcionais?
A UNESCO define analfabeto funcional como toda pessoa que sabe escrever seu próprio nome, assim como lê e escreve frases simples, efetua cálculos básicos, porém é incapaz de interpretar o que lê e de usar a leitura e a escrita em atividades cotidianas, impossibilitando seu desenvolvimento pessoal e profissional. Ou seja, o analfabeto funcional não consegue extrair o sentido das palavras, colocar idéias no papel por meio da escrita, nem fazer operações matemáticas mais elaboradas.
 Vale ressaltar que Emília Ferreiro, propõe a psicogênese da língua escrita, onde o processo de aquisição da escrita é construído pela criança, e os objetivos da alfabetização devem possibilitar aos educandos irem muito além do que adquirir habilidades para a leitura e a escrita, mas sim interpretar aquilo que se lê e escreve, o processo de aprendizagem é resultado da atividade do sujeito que compara, exclui, ordena e reformula.

 Formar leitores é uma tarefa que começa antes mesmo da alfabetização e se estende por toda a vida escolar.

 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A importância da participação da família na escola

n Iniciamos a semana com a reunião de pais do Jardim I e II, muitos assuntos importantes foram abordados, principalmente o que se espera no desenvolvimento de uma criança de 3 e 4 anos. 
Percebi que o interesse por tudo que envolve o crescimento dos pequeninos planava no ambiente cheio de amor. Os olhares dos pais atentos a cada esclarecimento e a cada relato das professoras.
E como ilustração e reflexão desse dia, uma citação de George Snyder.
 
“Cada idade corresponde a uma forma de vida que tem valor, equilíbrio, coerência que merece ser respeitada e levada a sério; a cada idade correspondem problemas e conflitos reais, pois o tempo todo a criança tem que enfrentar situações novas. Temos que incentivá-la a gostar da sua idade, a desfrutar do seu presente.” 

sábado, 6 de agosto de 2011

III ENCONTRO PEDAGÓGICO

"Só aprende aquele que se apropria do aprendido transformando-o em apreendido, com o que pode por isso mesmo, reinventá-lo; aquele que é capaz de aplicar o aprendido-apreendido a situações existentes concretas" Paulo Freire

Hoje, em nosso encontro, pude realmente ter a certeza do grande amor com que o meu grupo de professores realiza o trabalho. O compromisso, a seriedade e principalmente uma verdade que fica claramente exposto em cada olhar, em cada palavra dita e se reveste de especial importância. Seguindo na simplicidade e na vontade de crescer como PESSOA.

Construir sua prática tendo como base as teorias existentes, problematizar suas questões do cotidiano e avaliar sua eficiência são elementos norteadores e não "receitas" prontas. 

Assim, agradeço... Professoras: Marluci, Lourdes, Aline, Kátia, Andressa, Andréia, Mirian, Sharlene, Renata e Viviane.