sábado, 28 de maio de 2011

A DESCOBERTA DO CORPO

    A retirada das fraldas, a partir dos dois anos, desperta o interesse da criança pelos órgãos sexuais. E, quando ela percebe que tocar as partes íntimas causa uma sensação gostosa, descobre a masturbação.
    É tão natural para ela quanto qualquer outra exploração de algo ao seu redor, mas nem sempre os pais reagem a isso com a mesma espontaneidade do filho. Surpresa, constrangimento e até ímpetos repressores podem surgir ao flagrarem o filho entretido com o próprio sexo. Pais, contenham-se! Alegrem-se por sua criança estar seguindo a cartilha do desenvolvimento infantil.
   A masturbação representa a descoberta da sexualidade. Ela está presente desde que seu filho nasceu e sentia prazer, por exemplo, em mamar no seio. Mas agora essa sensação vai além da boca, passa a incluir os genitais. “É um indicativo de boa evolução da saúde física e emocional”. Por isso, a pior coisa a fazer ao pegar seu filho se masturbando é castigá-lo ou reprimi-lo. “Além de continuar se masturbando às escondidas, o ato poderia gerar culpa, associando o sexo a algo negativo”.
   A masturbação infantil é diferente da adulta, pois não envolve fantasias e objetos de desejo. “O prazer está voltado para o próprio corpo. É puramente sensorial”. Com privacidade O que as crianças têm de saber desde cedo é que a manipulação do corpo é algo íntimo, que não deve ser feito em público. “Á medida que aumenta o nível de compreensão da criança, os pais podem lhe explicar que existe lugar certo para tocar os órgãos genitais , assim como para fazer xixi, trocar de roupa ou tomar banho”.
   Quando achar que seu filho está exagerando, convide-o para fazer outra coisa, como assistir a um vídeo. “propor brincadeiras é ótima saída”, exagero não é bom sinal. A masturbação em excesso, na maioria das vezes, pode indicar algum problema emocional. Normalmente, a criança se masturba vez ou outra, antes de dormir ou em momentos de ansiedade como forma de aliviar-se. “Se ela deixa de fazer outras atividades para se masturbar, os pais têm de observá-la mais de perto para descobrir possíveis causas. Talvez esteja se sentindo sozinha, pressionada por alguma mudança de rotina ou, ainda, com dificuldades de socialização na escola”.
Texto extraído da revista crescer – agosto/2003 – www. Crescer.globo.com

domingo, 22 de maio de 2011

Dislexia: como reduzir os efeitos?

    Se seu filho está em processo de alfabetização e encontra bastante dificuldade em aprender a ler, escrever e soletrar, fique muito atenta: ele pode ter dislexia. A dislexia é um distúrbio hereditário com alterações genéticas que afeta uma área do Sistema Nervoso Central prejudicando o aprendizado da leitura e da escrita em diversos modos e graus.
Esse transtorno de aprendizagem é o de maior incidência em sala de aula e atinge mais meninos do que meninas, na proporção de 3 garotos para cada garota. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 8% da população mundial é disléxica. O número sobe para 15% em pesquisas realizadas pela Associação Brasileira de Dislexia.
   O perfil de uma criança disléxica é aquela que normalmente tem um bom desenvolvimento da fala e adorava ir à escola até o momento em que a professora começou o processo de alfabetização usando as letras e o ditado, o “monstro” dos disléxicos.
Em muitas vezes, os pais acreditam que o rendimento escolar do filho está ruim devido a outros problemas, talvez preguiça ou mesmo má vontade; o filho é tachado de “burrinho” pelos alunos da classe e criticado pelos pais em virtude do baixo aproveitamento na escola, sendo que ele sofre de um problema real e os pais acabam não se dando conta disso.
    A criança disléxica demanda mais tempo para ler e escrever, sendo estas tarefas cansativas. A dificuldade com a leitura e escrita deixa a criança insegura, frustrada por não acompanhar seus coleguinhas de sala e deprimida por se sentir para trás.
A dislexia não tem cura, mas tem como ser tratada e acompanhada. Se isso não for realizado desde cedo, os prejuízos dessas dificuldades poderão refletir também na vida profissional quando essas crianças se tornarem adultas.
   No entanto, o fato de não haver cura para a dislexia não é motivo para desistir do processo de aprendizagem da linguagem escrita. As crianças disléxicas devem ter o amparo escolar além de um reforço extra-escolar para acompanhá-las.
Cuidados importantes – O tratamento do querido da família deve ser multiprofissional, ou seja, com a assistência de um médico neurologista, fonoaudiólogo, psicopedagogo e psicólogo. Os professores têm um papel fundamental na vida dessas crianças. Eles devem ter a consciência que é na escola que o aluno desenvolve seu aprendizado e vivencia experiências.
    Compreensão e saber quais as limitações de uma criança disléxicas são essenciais para que os educadores ressaltem seus pontos fortes, como a oralidade, e trabalhem os pontos fracos.
   Outra boa recomendação: fazer alguma atividade física, de preferência de escolha da criança. Isso pode ajudar na reconquista da sua auto-estima, mostrando para a criança que todos tem suas dificuldades e qualidade.
Garantido por lei – De acordo com a Constituição Federal, o disléxico tem direito de receber ajuda nas leituras e de não fazer nada por escrito. As escolas e universidades são autorizadas legalmente a avaliar esses alunos apenas oralmente.
   Todos devem ter a ciência de que a criança disléxica possui uma dificuldade de caráter permanente e duradouro, o que não a impede de aprender a ler e escrever, mesmo sendo com algumas dificuldades.
Dicas – Sinais de dislexia em crianças em idade: Pré-escolar – falta de atenção, dificuldade em aprender rimas e canções e montar quebra cabeças e fraco desenvolvimento da coordenação motora.
Escolar – desatenta, dispersa e desorganizada, não grava rimas e alterações, confunde esquerda com direita, tem dificuldade em usar mapas e dicionário, não decora seqüências como meses do ano e dias da semana e faz trocas de letras parecidas na hora de escrever (p por b ou d).
Fonte: Guia do Bebê

sábado, 21 de maio de 2011

Ajude os seus alunos a melhorar a ortografia

Organização de Ideias

As sugestões referidas são uma base de trabalho para que a criança pratique a construção de textos. Para o fazer terá que melhorar a capacidade de estruturar as suas ideias, observando, por exemplo, uma sequência lógica (cronológica ou não) na elaboração de um texto.



  • Contar/ler em conjunto histórias, relatos de passeios ou viagens, etc..

  • Observação e análise de imagens. Após uma observação conjunta, bem atenta, far-se-á a enumeração de elementos presentes, a sua descrição e poder-se-á construir histórias que são “sugeridas” pelas imagens.

  • Organizar excursões. A criança será solicitada a participar na organização da mesma - planejamento, execução, verificação . Fazer um aproveitamento de todas as situações que possam levar a criança a expressar suas ideias, a relatar o que observou, o que lhe chamou atenção, o que lhe despertou maior curiosidade/interesse.

  • Construção de frases:
    - com palavras apresentadas pelo professor;
    - com palavras escolhidas pela criança;
    - referentes a uma história lida ou ouvida;
    - referente a uma gravura.


  • Fazer cópias de excertos de textos escolhidos pelas crianças (em prosa e verso).

  • Leituras.

  • Poesias e quadras.

  • Relato de experiências realizadas nas aulas de estudo do meio/ciências.

  • Construção de notícias para o jornal da turma.

  • Redação de avisos, recados, etc..

    Pontuação

    Eis algumas sugestões que vão ajudar a criança a melhorar. Muitas outras poderão ser utilizadas.


  • Cópias, selecionadas pela criança:
    - de frases;
    - de pequenos textos.


  • Leituras:
    - de histórias;
    - de trechos interessantes escolhidos pelo professor;
    - de trechos escolhidos pelo aluno.


  • Apresentação de cartazes ilustrados e com frases ou contos devidamente pontuados.

  • Formação de frases.

  • Redação de avisos e ordens (explicação prévia do professor referente à pontuação a ser usada).

  • Notícias para serem afixadas no quadro de avisos da turma.

  • Ditado-exercício e ditado-prova .

  • Trechos para pontuação (Exercícios).


    Ortografia


  • Ditado-exercício.

  • Leitura com observância das palavras cuja grafia a criança deve fixar.

  • Cópias motivadas.

  • Organização de cartazes com a relação das palavras cuja grafia esteja sendo objecto de estudo. Emprego dessas palavras em frases e ditados.

  • Auto-ditado.

  • Ditado-prova.

  • Jogos específicos.
    Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/linksCursosMateriais.html?categoria=117


  • domingo, 15 de maio de 2011

    As hipóteses formuladas pela criança são "erros" que a ajudam a avançar no processo de aquisição da escrita.

        Para que a exploração e experimentação aconteçam de forma positiva, torna-se necessário passar pelos "erros" próprio do processo de construção do conhecimento. Esses erros construtivos, que são as formas de ler e escrever criadas pela própria criança, quando confrontados com as experiências convencionais, darão origem aos conflitos cognitivos que funcionam como motor da aprendizagem, isso capaz de pensar e fazer as atividades de leitura e escrita.
       Desafiada e livre para experimentar, a criança reformula suas ideias e procura respostas mais seguras e cada vez mais próximas do conceito alfabético da escrita. Mas, para isso, ela precisa errar, ou seja, precisa de um tempo para escrever de acordo com sua forma de pensar. O "erro" faz parte da construção conceitual. Acreditando-se na competência da criança, ela irá reformular suas ideias e evoluir à medida que viver novas experiências durante o processo.

    BIZZOTO, Maria Inês. AROEIRA, Maria Luisa. PORTO, Amélia. - Alfabetização Linguítica da Teoria à Prática - Ed. Dimensão - Belo Horizonte, 2010.

    domingo, 8 de maio de 2011

    Feliz Dia das Mães!

        Hoje estou feliz e completa. Voltando um pouco ao passado exatamente 25 anos, o medo tomava conta mim, medo este comum de qualquer mulher que é mãe pela primeira vez. Um sentimento que se misturava a muitos outros e não se definia... As dúvidas eram tantas... A única certeza era o meu amor.
       Assim, a cada dia fui buscando as respostas, tentando acertar e errando muitas vezes... Mas faz parte da vida! 
       Quando digo que estou completa é por uma única razão: Agora, vejo o medo se transformar em orgulho e satisfação por tudo que as minhas meninas estão construindo. Me sinto como a poesia de Cecília Meireles.

    Motivo

    Eu canto porque o instante existe
    e a minha vida está completa.
    Não sou alegre nem sou triste:
    sou poeta.

    Irmão das coisas fugidias,
    não sinto gozo nem tormento.
    Atravesso noites e dias
    no vento.

    Se desmorono ou se edifico,
    se permaneço ou me desfaço,
    - não sei, não sei. Não sei se fico
    ou passo.

    Sei que canto. E a canção é tudo.
    Tem sangue eterno a asa ritmada.
    E um dia sei que estarei mudo:
    - mais nada.

    Cecília Meireles

    terça-feira, 3 de maio de 2011

    Trabalho diversificado: Procedimento que atende às diferenças individuais dos alunos

         Nos últimos anos, tem-se observado um interesse crescente pela busca de propostas alternativas para o cotidiano do processo educativo. As propostas desenvolvidas em sala de aula, geralmente, apresentam-se embasadas em pressupostos teóricos que valorizam o conhecimento como algo pessoal, inacabado, passível de transformação, que pode ser construído especialmente através da interação do indivíduo com o meio físico e social.
        Nessa perspectiva, o processo ensino-aprendizagem é considerada um ato intencional significativo no qual o indivíduo adquire informações através da problematização, do levantamento de hipóteses, da compreensão, do contato com a realidade, com o meio ambiente, com outras pessoas, enfim, com as interações que realiza.
       Dentre os teóricos interacionistas que defendem essas ideias, destacamos L. S. Vygotsky pela sua relevante contribuição sobre o desenvolvimento já atingido. O grande desafio está no nível de desenvolvimento e a aprendizagem. Segundo esse autor, o nível de desenvolvimento real representa o estado alcançado pela evolução das funções já amadurecidas pelo indivíduo, fruto do processo de desenvolvimento já atingido.
        O grande desafio está no nível de desenvolvimento potencial, que representa o que o indivíduo poderá alcançar em matéria de aprendizagem com o auxílio do professor, dos colegas de classe ou através de outras interações. A distância entre o nível real e o nível potencial é representada pela zona de desenvolvimento proximal, que se constitui em um nível intermediário ideal para a atualização do professor.
        Assim, o professor não poderá ter uma postura autoritária, impondo, entre outras coisas, um conhecimento pronto, acabado, inquestionável, sem significado para o aluno, nem ser omisso, caindo em um espontaneísmo pedagógico em que tudo é permitido incontestavelmente. O professor assume a postura de mediador, proporcionando diferentes alternativas para a construção do conhecimento, como, por exemplo, através de atividades diversificadas e contextualizadas, uma vez que nelas se consideram o desenvolvimento pessoal e a realidade do aluno, respeitando-se assim sua natureza, levando-o a refletir e a problematizar os temas de ensino.
        Ao propor o trabalho diversificado, o professor deve considerar que a sua turma é, antes de tudo, um grupo social e, como tal, deve realizar atividades coletivas. Deve também, ter em mente a organização de atividades em três níveis: no coletivo(com a turma toda), em pequenos grupos e individualmente.
       As atividades podem se diversificar em diferentes situações educacionais. Como exemplo, destacamos aquelas em que existam:
    - Diferenças acentuadas nos interesses dos alunos em certas atividades;
    - Alunos com deficiência determinadas;
    - Alunos com dificuldades de ajustamento. Para propor um trabalho diversificado em sala de aula, o professor deve estar consciente de que os alunos terão que ser preparados para trabalhar de forma independente.
       Sugerimos que, num trabalho independente, os alunos devem:
    - Observar os momentos de escutar o outro;
    - Cuidar do tom de voz para não atrapalhar os demais grupos;
    - Refletir e compreender as orientações orais e escritas;
    - Avaliar a atividade realizada com a intervenção do professor e dos colegas;
    - Ter cuidado na movimentação dentro da sala de aula;
    - Realizar o trabalho com independência, persistência, organização e responsabilidade.

    Organizando a sala de aula
       A organização da sala de aula para um trabalho diversificado não deve ser fixa, e sim determinada pelos objetivos a serem trabalhados em cada atividade, pelas próprias condições físicas do lugar e pelo número de alunos existentes em cada classe.
       Marcozzi e outros autores sugerem formas de organização da sala de aula que prioritariamente devem atender aos objetivos do trabalho pedagógico, lembrando que sempre se parte de uma arrumação básica, pois permite uma movimentação rápida de alunos e mobiliário.
       Para agilizar parte do trabalho diversificado, a sala deverá ser dividida em cantinhos, da leitura, do jogo, da matemática, das atvidades manuais...
      Os cantinhos devem ser construídos pouco a pouco, atendendo às expectativas e às necessidades dos indivíduos. Eles devem se apresentar organizados previamente.

    Conclusão
       O trabalho diversificado em sala de aula constitui-se em uma alternativa capaz de atender às diferenças individuais, envolvendo os alunos em diversas atividades, criando um ambiente de trabalho amistoso e atraente, onde todos tenham a oportunidade de trabalhar a cooperação, o respeito e a convivência em grupo, e entendam que, apesar das diferenças pessoais, existem interesses, objetivos maiores, que são comuns para serem conquistados.

    Referências Bibliográficas:
    FARIA, Yara Prado de. Por Que Trabalho Diversificado? Revista Criança, n°20, jan.1989.
    Marcizzi, Alayde M adeira; DORNELLES, Leny Werneck; REGO, Marion Villas Boas Sá. Ensinado à Criança: um Guia para o Professor. 3. Ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1976.
    SMOLKA, A. L. B. A Prática Discursiva na Sala de Aula; uma Perspectiva Teórico e um Esboço de Análise. Cadernos Cedes, São Paulo, n°24, 1991.
    VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

    Fonte: Revista do professor. Ano XIII, n° 50, abr. a jun., Porto Alegre: CPOEC 1997. p. 26-27.

    Maria Cristina Etto é licenciada em Pedagogia e pós-graduada em Teotrias e Práticas Atuais, em Administração Educacional e Psicologia Escolar.
    Maria Regina Peres é licenciada em Pedagogia e Biologia e pós-graduada em Educação - Metodologia do Ensino

    segunda-feira, 2 de maio de 2011

     Professores e amigos:
       Este blog foi criado para compartilhar as ideias, as descobertas e principalmente o grande amor que temos por tudo que realizamos. 
    As pessoas sempre perguntam: " O que é ser professor para você?", sempre com aquela cara de "Nossa você não teve outra escolha...". O meu orgulho é imensurável, que só pelo meu olhar a resposta já fica clara. 
      Bem, senti a necessidade de dar a resposta ultrapassando todos os olhares...Poético isso, não é...Hahahahaha...
       A poesia precisa fazer parte do nosso dia a dia... Não somente a poesia, mas tudo que envolve a essência da vida.
     
    "Ser Professor é...
    ... uma mistura de todos
    uma soma de tudo..."
    http://www.armazemdesonhos.com.br/cantinhoPoetas/sandra/txts/serprofessore.htm